Poesia









Reflexões botequeiras



Enquanto um riso houver

o samba não vai parar.



E o boteco jamais vai fechar.



...



Botecos

são parte da vida;

tem alguém sempre entrando,

e outro saindo.



E, num boteco de esquina,

as coisas rolam, e andam, assim:



Tem o fulano,

que passa apressado,

e, de um gole só,

pede só um café.



Tem o beltrano,

que chega ao fim do dia,

e a pinga sadia

toma devagar.



E tem o pessoal

do horário do almoço;

das firmas, escolas,



que chega e que para,

e que pede o cardápio,

para comer bem.



E como, num boteco,

se come bem:

comercial, bife, picadinho ...



Humm ...



E tem os de sempre,

que a mesma hora chegam,

e pedem o de sempre:



o garoto, um picolé;

o boy quer um burgão;

e até um gaiato

quer um canapé ...



"Mas que canapé?

Aqui, num tem não".



E ao fim da noite

a dona da casa

fecha o expediente.



A não ser na sexta,

dia de festança;

sábados, talvez, um "chorinho".



E domingo, paramos,

que botecos dependem

de quem passa por eles.



Para depois começar,

na mesma labuta,



pois enquanto um riso houver,

o samba não vai parar,

o papo vai continuar,



e esse Boteco jamais fechará.



fps, 27/01/10, 10:45

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